Domus Petra

Independência ou Morte!

Independência ou Morte!

Comemoramos no dia sete de setembro a Independência do Brasil. Nesse dia, no ano de 1822, ouviu-se o poderoso brado de “Independência ou Morte”. Não há duvidas de que essa é uma das comemorações mais importantes e significativas do nosso país, pois representa a conquista da liberdade, autonomia e por que não dizer, soberania.

Mas, apesar da emancipação territorial estabelecida a partir do “Grito do Ipiranga”, paira ainda uma grande pergunta, e que está vindo à tona com mais veemência nos dias de hoje, que é: somos verdadeiramente livres e soberanos? 

Em minha opinião a resposta é não. Somos livres no sentido literal, de soberania do território, mas somos reféns da nossa cultura, reféns de nós mesmos, reféns do que nos tornamos. 

Penso que é hora, ou, já passou da hora, de fazermos uma nova “revolução” e uma nova Declaração de Independência. As manifestações ocorridas em junho, em todas as partes do país, por pessoas de bem e sem bandeiras político-partidárias, demonstrou claramente esse anseio. 

O que queremos é a emancipação ou libertação dessa cultura de corrupção, da malandragem, e do “jeitinho brasileiro” de sempre levar vantagens em detrimento do bem comum. 

Está muito claro que não há outro caminho. Precisamos dar um basta nesse modo de vida sem ética, carente de justiça e respeito e com inversão total de valores. Modo esse que constitui o maior câncer da nação, e que permitimos entrar sorrateiramente em nossas vidas ao longo dos anos. 

Nosso maior “pecado” tem sido a passividade e dormência diante de atrocidades cometidas por uma minoria, o que com o passar do tempo gerou uma espécie de “cauterização” da nossa consciência. E dessa forma, a moral, a ética e a justiça nem de longe são valores essenciais na nossa sociedade. 

Ficamos à mercê dos políticos e governantes (por nós escolhidos) na esperança de que “eles” tomem as rédeas e promovam as mudanças. Só que isso não vai acontecer. 

Precisamos sim, é de uma “revolução interna”, individual, profunda e reflexiva que promova o compromisso de cada cidadão com os valores que queremos ver aculturados. Cada indivíduo precisa fazer a sua “lição de casa” primeiramente. Agir e não apenas reclamar, ser ético, justo, íntegro, respeitar as leis e regulamentos, e acima de tudo abrir mão de uma “vantagem” particular ao respeitar o direito dos demais. 

Particularmente acredito em nosso povo e que os bons são maioria, que somos inteligentes, criativos e pessoas de bem. O povo brasileiro é muito especial e possui as mais variadas qualidades. 

Por isso ouso conclamar a você, caro leitor e compatriota, a engajar-se nesse processo de mudança. Comecemos já, por mim e você, a mudança que queremos ver nesse nosso Brasil varonil! 


Fabiano Dell Agnolo 

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